domingo, 14 de outubro de 2012

A Força e o Poder Militar dos Paulistas

A história da Polícia Militar de São Paulo e a história da cidade de São Paulo não se resumem a 1932, igual muitos pensam. São Paulo é um estado que tem sua própria história e dela faz parte a Força Pública Paulista ou como é conhecida, Polícia Militar.
Muitos homens de honra ingressaram e serviram essa corporação, que é sinônimo de orgulho, não apenas para os paulistas, é sinônimo de orgulho para os brasileiros, porque ela está enquadrada como uma das melhores polícias do mundo.
Quem não respeita o passado de São Paulo não respeita o passado de seus antecessores e isso, além de ingratidão é falta de consideração com quem derramou suor, lágrimas e sangue a favor de um futuro melhor, que hoje é nosso presente, que pode não ser o melhor, só que é o melhor que eles puderam fazer, pelo que compreendiam entre o que é o melhor e o que é o pior. Se você não está satisfeito com isso, faça o que eles fizeram e melhore o que não lhe agrada. Reclamações e depreciação é o que não falta para algumas pessoas que apenas visam o poder político de São Paulo, elogiar o que já foi feito, isso é raro entre os homens que sabem o valor dos outros homens que já serviram São Paulo.
Entre esses homens encontra-se o General Miguel Costa, que infelizmente é um personagem histórico pouco estudado pelos paulistas, o que em minha opinião é uma perda grande para nossa Força Pública. A história de Miguel Costa poderia ser valorizada, a começar pelo Comando Geral. Isso se explica pelo seguinte: Miguel Costa foi um dos líderes que motivou a  maior revolta bélica do Estado de São Paulo, foi quem provou na prática o que um soldado dessa força militar é capaz, essa prova se apresenta em várias ocasiões:  quando ele descumpriu a ordem do Marechal Isidoro Dias Lopes, de deixar a capital e retirar-se para o interior. Isso assegurou que a revolução vencesse. Quando ele fez a retaguarda de toda a tropa revolucionária. Quando ele formou uma frente de 90 quilômetros com seus 1.200 soldados e garantiu a estagnação dos 20 mil legalistas, que insurgiam contra os revolucionários. Quando ele recebeu do inimigo uma ordem de rendição e recusou a ordem e mandou que eles avançassem e eles não avançaram, isso salvou novamente a Revolução. Quando ele assumiu o Comando do que viria a ser a maior marcha militar do planeta. Quando ele conduziu por mais de dois anos, 1.500 combatentes revolucionários, entre eles, muitos oficiais do Exército brasileiro. Em 1930 Miguel Costa assume o Comando do Exército do Sul e à frente de 12 mil sodados sitia Itararé e, por meio de intimação, rende o Exército legalista, escolta Getúlio Vargas ao poder, assume o Comando Militar de São Paulo, cria o Estado Maior na Força Pública, assume o Comando Geral, cria a Secretaria de Segurança Pública, assume o cargo e reestrutura toda a Corporação, eleva os salários, assegura promoções e mantém São Paulo seguro.
É claro que esse tempo durou 6 anos e requer um estudo aprofundado, rico em detalhes, só que isso ainda não foi feito, talvez, por que todos os estudos estejam voltados para 1932, apenas.
Urge recuperar a história de São Paulo, para que o mundo conheça quem são os paulistas de verdade e vejam que somos maiores do que a Revolução Constitucionalista, que evidentemente é um símbolo de autoridade e poder paulista.
A Força Pública Paulista precisa entender que a frente da tropa de 1.500 homens, que por mais de dois anos percorreu o Brasil, que está registrada na história do planeta como a maior marcha militar do mundo esteve um soldado de São Paulo, que demonstrou habilmente todos os ensinamentos que teve, o que prova a capacidade que a Polícia Militar de São Paulo tem em treinar seus soldados. Isso deve-se também ao ex governador de São Paulo, Dr. Jorge Tibiriçá, que contrariou a vaidade de uma parte dos ignorantes da época e contratou a Missão Francesa de Instrução Militar, que treinou os nobres paulistas.

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